Megaprojeto científico busca desvendar a origem da Amazônia

Cientistas do mundo se unem em programa inovador para estudar a origem e a evolução da floresta As operações de sondagem do megaprojeto internacional de pesquisa científica sobre a origem e a evolução da biodiversidade da Amazônia e os impactos das mudanças climáticas que ocorrem desde junho em um terreno particular no município de Rodrigues Alves, no Acre, perfuraram 890 metros de profundidade em um poço. Os pesquisadores do Projeto de Perfuração Transamazônica pretendem alcançar 2.000 metros de profundidade em rochas e sedimentos para coletar testemunhos, que são amostras cilíndricas de até 3 metros de comprimento, da era Cenozoica. O período compreende os últimos 66 milhões de anos, iniciando-se com a extinção dos dinossauros e o desenvolvimento das florestas tropicais atuais. Matéria completa: https://www.terra.com.br/planeta/opiniao/adriana-farias/megaprojeto-cientifico-busca-desvendar-a-origem-da-amazonia,ca9e7f1434e93ebb233d2fa97463046etczf6var.html?utm_source=clipboard
Trans-Amazon Drilling Project

The overarching goals of the proposed research are (1) to document the evolution of biodiversity of the Amazon forest across most of its entire reach throughout its entire history, and (2) to determine how the evolution of the physical environment (e.g. tectonics, climate, geomorphology) has shaped the generation, distribution, and preservation of neotropical biodiversity. The origin of the great biodiversity observed in tropical South America has spurred debate for well over a hundred years. Some historical explanations posit that low tropical extinction rates, resulting from a supposed stable tropical climate, enabled the progressive accumulation of species over time. More recent evolutionary hypotheses include consideration of factors that affect species origination rates, including climate, tectonic, and geomorphic history.
Cientistas abrem “túnel do tempo” para estudar o passado remoto da Amazônia

Projeto internacional, com participação da USP, vai extrair amostras geológicas com até 65 milhões de anos do subsolo para entender melhor a história evolutiva da floresta Uma equipe internacional de pesquisadores iniciou nesta sexta-feira (16 de junho) a perfuração de um poço de dois quilômetros de profundidade no Acre, que, se tudo der certo, deverá funcionar como um “túnel do tempo” para enxergar como era a vida na Amazônia até 65 milhões de anos atrás, logo após a extinção dos dinossauros. A iniciativa envolve cerca de 60 pesquisadores, de 12 países, metade deles vinculada a instituições brasileiras. Treze são da USP. Trata-se do “mais amplo programa de pesquisa já organizado para estudar a origem e a evolução da Amazônia”, segundo os cientistas. O objetivo é entender como a floresta se formou, como ela se modificou ao longo do tempo e o que pode acontecer com ela daqui para frente, caso as condições ambientais e climáticas às quais ela foi exposta no passado venham a se repetir no futuro — algo muito provável de acontecer já nas próximas décadas, segundo as previsões climáticas do presente. Para contar essa história pré-histórica os cientistas vão coletar milhares de “testemunhos” do subsolo da floresta, extraídos de duas localidades, nas bordas leste e oeste da Amazônia brasileira. Começando por esse poço de 2 mil metros no município de Rodrigues Alves, às margens do Rio Juruá, no norte do Acre; seguido de um poço de 1.200 metros de profundidade numa ilha fluvial do município de Bagre, no Pará, ao sul da Ilha do Marajó. A previsão é que cada poço leve cerca de três meses para ser perfurado, com equipes trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana. Mapa dos locais de perfuração – Imagem: Jornal da USP Leia atéria completa: Jornal da USP
A evolução do Velho Chico

Pesquisas desvendam como o rio São Francisco se desenvolveu nos últimos 90 mil anos até chegar à sua configuração atual.